A UNESCO designou como reservas da biosfera a ilha das Flores e o Parque Gerês/ Xurés. Portugal já tinha três outros espaços naturais na rede mundial, que engloba 107 países.
A ilha das Flores, nos Açores, e o Parque Internacional Luso-Galaico Gerês/Xurés foram classificados como reservas da biosfera pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), juntamente com outros 20 espaços naturais ou culturais em 16 países.
A rede da UNESCO já tem 553 reservas da biosfera de 107 países. Estas reservas são áreas que conciliam a conservação da biodiversidade com o seu uso sustentável. Os dois espaços nacionais juntam-se agora a outras três que já tinham sido reconhecidas em Portugal (ver caixa).
A classificação da ilha das Flores pelo Conselho Coordenador Internacional do programa "O Homem e a Biosfera", reunido na ilha de Jeju (Coreia), é justificada pelo facto de ser a zona à superfície de um monte marinho próximo da Dorsal Média-Atlântica - criado por actividade vulcânica que começou há menos de 10 milhões de anos.
A reserva inclui toda a ilha do Grupo Ocidental dos Açores, que apresenta aspectos culturais, paisagísticos, geológicos e ambientais importantes ao longo de uma área de 141,7 quilómetros quadrados, constituída em larga medida por altas escarpas, algumas das quais com quedas de água, que desenham uma linha de costa ponteada por pequenos ilhéus.
O secretário regional do Ambiente e do Mar, Álamo Meneses, afirmou que "a atribuição deste galardão "fomenta internamente a preservação e o usufruto ambientais" e, no plano externo, reforça o "excelente veículo de promoção da qualidade que temos".
Já a escolha do Parque Internacional Luso-Galaico Gerês/Xurés, enquanto área transfronteiriça, vai obrigar a uma presidência rotativa entre Portugal e Espanha, explicaram ao DN os responsáveis pela candidatura em Fevereiro de 2008.
O parque entre os dois países foi criado em 1997 entre para fomentar o estabelecimento de normas e medidas comuns ou complementares para a "defesa, preservação e conservação dos valores naturais", diz Pedro Castro Henriques, coordenador para Portugal do programa da UNESCO.
A candidatura baseou-se no património biogenético e na recriação de trilhos antigos, como os da Geira, a antiga estrada romana que ligava Braga e Astorga.
O parque promove projectos e acções conjuntas de cooperação e intercâmbio de técnicos, bem como o uso público ou o turismo ecológico.
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