domingo, 18 de janeiro de 2009

Vila de Fão, Passos da sua história

Percurso Pedonal pela vila de Fão, de dificuldade baixa e com uma distancia aproximada de 2 km Em Fão, antigo centro salineiro da Idade Média, destaque para a sua zona histórica. Na antiga estrutura urbana da vila, na margem esquerda do Cávado, quando calcorreamos as suas ruas, é fácil de constatar a grande influência que a cultura brasileira operou nos inícios do séc. XX, através do gosto brasileiro dos ricos "torna-viagem" que mandaram erigir notáveis residências. Estas marcas estão bem patentes, por exemplo, no actual Largo do Cortinhal, na imponente residência de Pinto de Campos, comandante da Marinha Mercante, assim como no topo Sul da Alameda do Bom Jesus. É neste espaço que Francisco de Campos Morais, fundador da casa Campos Morais & C.a, na cidade de Rio Grande do Sul, implanta o seu 'palacete', recriando um ambiente tipicamente brasileiro.A igreja paroquial de Fão, na R. Prior Gonçalo Viana, sob a invocação de S. Paio, é um templo de edificação entre os séculos XVII e XIX, que sofreu alguns estragos motivados pelas intempéries. Na Av. Dr. Manoel Paes situa-se a Igreja da Misericórdia de traça Renascentista. O edifício de finais do século XVI, apresenta um frontão, no interior do qual está um nicho, com concha decorada, abrigo de uma Nossa Senhora, que parece datar do século XVIII. Ainda na zona mais antiga da vila Fão, num edifício que data dos meados do século XX, encontrará o Museu d’Arte, aberto ao público desde 19 de Agosto de 2004.Próximo da EN 13, ligeiramente periférico ao centro da vila, vale a pena procurar a Igreja do Bom Jesus de Fão, no denominado de Largo do Bom Jesus. A igreja é um edifício dos inícios do século XVIII, como bem mostra o seu estilo, típico dos santuários de peregrinação. A caminho para Ofir, poderemos visitar o Cemitério Medieval das Barreiras, um dos testemunhos de localização da comunidade medieval na vila de Fão.Este cemitério é dos mais significativos monumentos deste tipo em toda a Península Ibérica. O número de sepulturas que foi possível identificar ascende a cerca de duas centenas e as datações oscilam entre os séculos XI e XIV.No lugar da Bonança, entre dunas e pinhal, situa-se o Facho e Capela da Bonança. O Facho da Senhora da Bonança funcionou como farol para os navegantes até que novas dunas se formaram entre a sua localização e a costa, tornando-o inútil. É um edifício do século XVI, construído em cantaria.Muito perto encontramos a Capela da Senhora da Bonança, onde os homens do mar vêm pedir protecção para a actividade piscatória e as viagens marítimas.Prosseguindo um pouco para norte, através da EM 501, em paralelo, se chega a Ofir, estância turística de veraneio mundialmente conhecida, com a sua extensa praia areias finas contornadas por dunas com vegetação rasteira. A praia de Ofir é uma beleza! A areia é finíssima, a exposição solar não podia ser melhor, as dunas são um convite a perder de vista...E o pinhal de Ofir também não desaponta! Os grandes pinheiros mansos dão uma sombra bem-vinda nas horas de maior calor, e o ondular suave das dunas monta um pinhal que sem ser monótono, convida à tranquilidade...Mas Ofir também é animação: os bares, os hotéis, as discotecas, o frenesim dos agitados dias e noites de Verão fazem desta uma das zonas mais procuradas da região.De Inverno, a paz instala-se... mas nos dias ensolarados e frios, quando o Atlântico não se lança furiosamente contra as dunas, um longo passeio pela praia pode ser uma maravilha também.Ao longe, no mar, os lendários Cavalos de Fão (rochas). Voltando para trás (nascente), através da Av. da Praia ou Raul de Sousa Martins, regressemos à Vila de Fão. Retomemos agora a viatura para uma visita a outros locais emblemáticos do concelho de Esposende. ApúliaOs antigos moinhos de vento e as “arrecadações” em xisto, hoje habitações de veraneio, anunciam a praia de Apúlia com “A areia fôfa, o mar sereno, as ondas cariciosas, a planície coberta de milharaes (…)”, como refere José Augusto Vieira no seu Minho Pitoresco. A praia da Apúlia, hoje, é conhecida principalmente como zona de veraneio. Terra de Sargaceiros, Apúlia e a sua praia são “invadidas” sistematicamente por sargaço, essa alga marinha com características medicinais e que serve igualmente, depois de seco, como fertilizante para os campos de cultivo.Barca do Lago (Gemeses)O Cavado aqui é largo... com águas tranquilas e espraiadas pelas margens baixas, parece um lago, realmente. Enquanto não se fez uma ponte sobre o rio, este era um dos melhores locais de passagem, desde os remotos tempos medievais em que peregrinos se deslocavam para Santiago de Compostela aqui ultrapassavam o Cavado em barca.São Lourenço (Vila Chã)O Castro de S. Lourenço foi edificado por povos da Idade do Ferro, no alto de uma das elevações da arriba fóssil – uma cadeia rochosa que se desenvolve paralelamente à linha da costa atlântica.Nas imediações do Castro São Lourenço não deixe de visitar a capela de São Lourenço e admirar a paisagem no miradouro.A actual Capela de S. Lourenço, construída na década de 1940, substituiu um outro templo bem mais antigo, provavelmente datado dos séculos XV ou XVI. O miradouro de São Lourenço é um ponto privilegiado, uma vez que avistamos uma vastidão em redor!

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