domingo, 18 de janeiro de 2009

Percurso 'Entre o Cávado e o Atlântico'

Localização: O percurso inicia-se na margem esquerda do Rio Cávado, desenrolando-se nas freguesias de Fão e Apúlia, no concelho de Esposende.Ponto de Partida: Clube Náutico de Fão.Tipo de Percurso: Pequena rota circular.Âmbito: Ambiental, cultural, desportivo e paisagístico.Distância a Percorrer: 14 kmNível de Dificuldade: Fácil.Época Aconselhada: Todo o ano.Cartografia: Carta Militar de Portugal, nº68, do Instituto Geográfico do Exército na escala de 1/25000.Motivos de Interesse: O estuário do Rio Cávado e as espécies de fauna e flora que aí habitem; sistema dunar que se prolonga por toda a costa marítima; o Pinhal de Ofir; a Capela e o Facho da Bonança; a Necrópole Medieval das Barreiras; as actividades agro-marítimas (pesca artesanal e apanha do sargaço e do pilado); os moinhos vento de Apúlia; a Lagoa de Apúlia e as masseiras.(percurso não sinalizado) Descrição do PercursoO início do percurso tem lugar junto ao Clube Náutico de Fão. Sai-se em direcção a Norte, seguindo um trilho em terra batida que segue paralelo ao Estuário do Rio Cávado.Aqui, a vegetação predominante é o junco (Juncus acutus), podendo, na Primavera, observar-se o aparecimento da arméria (Armeria marítima). Quanto à avifauna posemos observar, entre outras espécies, a pêga-rabuda (Pica pica), o corvo-marinho (Phalacrocorax carbo), a gaivota (Larus cachinans) e o pato-real (Anas platyrhyncus).À medida que nos deslocamos para norte, surge um tipo de vegetação ligeiramente diferente, com destaque para o tremoceiro bravo (Lupinus angustifolius) e para os cistos (Cistus salvifolius). Um pouco mais à frente, observa-se o aparecimento de pinheiro manso (Pinus pinea) e de pinheiro bravo (Pinus pinaster) e também podemos constatar a existência de canais de água, já um pouco afastados do braço principal do rio.Mais à frente, aos 760 m, junto a um antigo poço de água, viramos à direita em direcção a nascente de forma a observar canais de águas mais quentes e pouco profundas, muito utilizados por algumas espécies piscícolas para aí desovarem. Este local é excelente para a observação de aves, pois é também procurado por algumas aves migradoras que aqui encontram refúgio e alimento.Abandonando o local, em direcção a poente, passamos novamente pelo poço, seguindo até à zona de pinhal. Ao entroncarmos num antigo caminho com calçada à portuguesa, vira-se à direita, para norte. Continuando pelo caminho em calçada, por entre o pinhal e várias vivendas, depois de ultrapassarmos a Estalagem Parque do Rio, viramos à direita em direcção à rua da Casa Mirusca, junto à casa cor de salmão que ali se encontra. Ao chegar ao leito do rio encontramos mais um excelente local para a observação de aves, para além de uma óptima vista da cidade de Esposende na margem direita do rio. Voltando para trás, ao chegar novamente ao caminho em calçada, viremos à direita, prosseguindo pelo mesmo. Depois de passarmos o Clube Náutico de Ofir, continuamos por um trilho em areia que nos levará a um passadiço. Tomando o mesmo, chegaremos a uma plataforma que nos permite uma óptima vista sobre a foz do Cávado e da restinga de Ofir. Esta é uma barreira natural que separa o mar do rio e que protege a cidade de Esposende do avanço das águas do mar.Abandonando o local pelo mesmo passadiço e depois de passar novamente o Clube Náutico de Ofir, encontraremos um entroncamento em que deveremos tomar o caminho da direita, seguindo sempre para sul, em direcção às Torres de Ofir. Ao chegarmos junto destas podemos aproveitar para visitar a famosa praia de Ofir e ao mesmo tempo observar as marcas do processo de erosão a que esta costa tem vindo a ser sujeita. Ao regressar, depois de passarmos o parque de estacionamento e o Hotel Ofir, viremos à direita pela estrada municipal 501. Seguindo esta estrada, em paralelo, que nos permite observar parte do Pinhal de Ofir, iremos ter à Capela e Facho da Bonança.Depois desta visita, prosseguimos pela mesma estrada, para sul, até encontrarmos à nossa direita o passadiço do Fagil. Seguindo o mesmo, podemos observar as formações dunares e a vegetação que ajuda a fixar as areias que constituem as mesmas. Ao chegar à praia, devemos virar à esquerda. Percorridos cerca de 690 metros, encontraremos uma ligeira subida onde os pescadores costumam deixar os seus barcos, a qual devemos seguir. Seguindo sempre para sul, depois de passar por várias habitações, tomamos o passadiço à nossa direita, que nos levará de novo até à praia.Uma vez nas areias da praia, deslocamo-nos para sul, em direcção aos Moinhos de Vento da Apúlia. As barracas que podemos observar em plena duna, à nossa esquerda, serviram em épocas passadas de arrecadação de utensílios para a apanha do sargaço e pilado. Ao chegarmos aos moinhos, sobe-se o passadiço que se encontra entre o primeiro e o segundo moinho, um excelente local para se observar novamente o cordão dunar e a própria praia de Apúlia. Após percorrer o passadiço, encontramos novamente a estrada municipal 501, que devemos atravessar, seguindo depois por um caminho de terra batida à nossa esquerda. Iremos encontrar um entroncamento em que devemos virar à direita e logo de seguida à esquerda, até encontrarmos uma estrada em paralelo que devemos tomar para nascente. Percorridos cerca de 750 m, poderemos observar, à nossa esquerda, uma masseira ainda utilizada para a cultura de produtos hortícolas. Estes campos em forma de gamela são escavados de forma a se localizarem mais perto do lençol freático. As terras que são removidas para o efeito são colocadas na extremidade da área de cultivo de forma a servirem de barreira à acção do vento, produzindo igualmente efeito de estufa, microclima ideal para o crescimento de produtos hortícolas. Continuando, iremos encontrar um trilho à nossa direita que nos levará até à Lagoa da Apúlia. Segundo a Directiva Habitats (Decreto-Lei n.º 140/99 de 24 de Abril com a redacção dada pelo Decreto-Lei n 49/05 de 24 de Fevereiro) esta lagoa costeira é considerada um Habitat Prioritário para a Conservação da Natureza, sendo denominado por Laguna Costeira. Estas lagunas caracterizam-se por serem zonas húmidas que apresentam uma grande variedade de salinidade e volume de água, podendo estar completa ou parcialmente separadas ao mar por bancos de areia. O isolamento a que estão sujeitas provoca, aquando da época das chuvas, uma diminuição da salinidade.Nesta existe uma floresta ripícola de Amieiro (Alnus glutinosa) que é inundada periodicamente.Regressando à estrada, continuamos a seguir para nascente até tomarmos um caminho em terra batida à esquerda. Prosseguindo para norte, iremos encontrar um cruzamento em que viramos à esquerda, para poente, até aparecer outro cruzamento em que viramos novamente à direita, para norte. Esta é de facto uma zona bastante calma e aprazível em que podemos observar uma mescla de manchas de pinhal com campos de cultivo. No final deste caminho, à nossa esquerda, encontraremos uma estrada em paralelo, a qual devemos seguir em direcção a norte. Ao fim de percorrermos cerca de 530m, poderemos visitar, à nossa esquerda, a Necrópole Medieval das Barreiras. Depois desta visita, ao encontrarmos um cruzamento, devemos seguir sempre em frente até aparecer um entroncamento, onde viramos à direita em direcção ao Centro Cultural de Fão, finalizando este percurso ali perto, no Clube Náutico de Fão.

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