domingo, 18 de janeiro de 2009

Percurso “Entre o Neiva e o Atlântico”

Localização: o percurso inicia-se junto à foz do Rio Neiva, desenrolando-se ao longo das freguesias de Antas e Belinho no concelho de Esposende.Ponto de Partida: parque de estacionamento junto à foz do Rio Neiva, em Guilheta, Antas.Tipo de Percurso: de pequena rota, circular.Âmbito: ambiental, cultural, desportivo e paisagístico.Distância a Percorrer: 9,5 kmNível de Dificuldade: fácil.Época Aconselhada: todo o ano.Cartografia: Carta Militar de Portugal, nº 54, do Instituto Geográfico do Exército na escala de 1/25000.Motivos de Interesse: O estuário do Rio Neiva e as espécies de fauna e flora que aí residem; a área de cultivo de produtos agrícolas; o sistema dunar; a Capela de Santa Tecla e os engenhos de moagem e serração que se encontram junto do curso do Neiva.
(percurso não sinalizado) Descrição do PercursoTendo como ponto de partida o parque de estacionamento, devemos seguir para norte até ao Caminho dos Cactos, que se encontra em frente às moradias de veraneio. Percorrendo este trilho, ao longo da margem esquerda do Rio Neiva, ao fim de cerca de 100 metros deslumbramo-nos com a paisagem estuarina deste rio, local onde muitas aves migradoras encontram refúgio. Destaque para a presença da garça-real (Ardea cinerea), pato-real (Anas platyrhyncus), gaivota (Larus cachinans) e guarda-rios (Alcedo athis). Continuando em direcção a norte, atingimos a foz deste curso de água, denotando-se uma grande variedade de vegetação dunar, com especial incidência para a eruca marítima, cordeirinhos da praia e lírios das areias.Voltando atrás pelo mesmo percurso, depois de passar pelo parque de estacionamento, devemos virar à direita através de um caminho em paralelo, que nos levará até um trilho em terra batida que devemos tomar. Seguindo, iremos encontrar um trilho que desce, à nossa esquerda, por onde devemos seguir, em direcção a sul. Encontramo-nos numa zona de transição entre o sistema dunar e a área agrícola.Continuando, iremos encontrar um pequeno entroncamento, no qual tomaremos o caminho da esquerda, para nascente, sendo que aqui já nos encontramos numa zona de campos de cultivo. Ao encontrarmos um caminho à nossa direita, devemos seguir pelo mesmo. Depois de percorrer cerca de 450m, e após passar pelo Parque de Campismo de Belinho, iremos encontrar a E.M. 1002. Aqui vira-se à direita, percorrendo cerca de 200m até chegarmos junto a um passadiço, que nos levará até à praia. Aqui pode-se observar o amontoado de seixos que se alojou entre as dunas e o mar, formando uma crista que serve de barreira de protecção ao próprio sistema dunar. Voltando pelo mesmo passadiço, podemos aqui observar os corredores eólicos formados em plena duna e o coberto vegetal que fixa as areias que constituem estas elevações. Pode-se também apreciar a transição do ecossistema dunar para um outro de pinhal, zona onde é ainda muito reduzida a pressão turística.No final do passadiço, devemos seguir para a direita. Seguindo então para sul, percorridos cerca de 400 m, segue-se através de um caminho à nossa direita. Seguimos, agora, junto à base, do lado nascente, das formações dunares, entre estas e campos de cultivo. Percorridos cerca de 850 m, vira-se à esquerda, para a zona agrícola. Seguindo sempre em direcção a nascente, percorrido cerca de 1100 m, e depois de passar as instalações da cooperativa agrícola, encontramos uma bifurcação, junto a um pequeno riacho, em que seguimos pela esquerda. Poucos metros à frente, cerca de 200, devemos virar à direita, percorrendo depois cerca de 250 m até virarmos outra vez, desta feita, à esquerda. Seguindo, agora para norte, podemos observar a presença de pinheiro-bravo (Pinus pinaster) e pinheiro-manso (Pinus pinea) em algumas manchas que surgem entre os campos de cultivo. Depois de passar por um entroncamento em que se segue em frente, aparece uma bifurcação, onde tomamos o caminho da direita.Seguindo para norte, alcançamos o cruzamento com a E.M. 1002, local onde seguimos em frente. O caminho que tomamos segue para norte entre planície agrícola até que, percorridos cerca de 900 metros, deparamo-nos com um entroncamento em que deveremos seguir para a direita através da Rua da Ribeira. Poucos metros à frente surge um novo entroncamento, junto à estação de Tratamento de Águas Residuais de Guilheta. Viremos à direita através da E.M. 546, percorrendo cerca de 200 metros, altura em que se deixa esta artéria, virando à esquerda através de um caminho em terra batida que passa junto a uma cabine de alta tensão e que nos leva até à Capela de Santa Tecla. Apesar de não se saber ao certo a data da sua fundação, pode-se afirmar que a Capela de Santa Tecla é uma das ermidas mais antigas do concelho de Esposende, pois já vinha referida nas inquirições de 1220. Esta capela de arquitectura simples, despojada de grandes ornamentos, possui um generoso adro, onde podemos observar alguns belos plátanos, sendo um excelente local em dia de romaria, que se realiza anualmente no 1º domingo de Setembro.O açude que podemos observar, que atravessa o rio Neiva, serviria para represar as águas, que por sua vez, seriam a força motriz que accionaria as duas azenhas que existiam nas margens. O engenho de Santa Tecla, na margem esquerda, era de uma só roda e movia duas serras. O edifício em granito que hoje se observa encontra-se adaptado a habitação. Seguindo por um caminho ao longo da margem esquerda do Rio Neiva, deslocamo-nos em direcção a poente. Depois atravessar uma pequena linha de água, através de uma pontelha de madeira, deixamos este caminho e vira-se à esquerda junto a um poste de alta tensão. Novamente junto à ETAR de Guilheta, viremos à direita, através da E.M. 546 em direcção à foz do Neiva, atingindo o final do percurso.

2 comentários:

Unknown disse...

Parabéns pelo blog.É sempre uma mais valia haver quem fale da nossa terra. Somos de Antas e temos um percurso marcado, sinalizado, e de uma beleza natural sem par, o PR "Azenhas de Antas". visite, o nosso blog
http://rioneiva-pe-ante-pe.blogspot.com

trilhos.do.lobo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.